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Controle de estoque em pet shops e clínicas veterinárias: como distribuidores podem liderar a profissionalização do setor

  • Foto do escritor: ANDIPET
    ANDIPET
  • 19 de mai.
  • 4 min de leitura

A boa gestão de estoque em pet shops e clínicas veterinárias é, muitas vezes, negligenciada na correria do dia a dia. No entanto, ela é uma das engrenagens mais importantes da operação — e um diferencial competitivo para qualquer negócio do setor pet. Mais do que evitar rupturas ou produtos vencidos, um estoque bem organizado impacta diretamente no faturamento, na experiência do cliente e na rentabilidade das lojas.


Mas há um ponto pouco debatido nessa conversa: o papel dos distribuidores na profissionalização dessa etapa da cadeia.


A ANDIPET acredita que os distribuidores não devem apenas entregar produtos, mas também educar, orientar e ser um braço estratégico das lojas e clínicas. Este artigo aprofunda o tema e mostra como o controle de estoque pode — e deve — ser um elo de transformação para o setor.


O cenário atual: por que ainda é tão difícil manter o estoque em dia?


Muitos lojistas e clínicas ainda gerenciam seus estoques de forma informal, usando cadernos, planilhas improvisadas ou simplesmente a memória dos funcionários. Isso acontece por diversos motivos:


  • Falta de tempo para registrar e auditar informações;

  • Ausência de treinamento técnico da equipe;

  • Desconhecimento sobre ferramentas simples de gestão;

  • Alto giro de produtos com prazos de validade curtos;

  • Medo de investir em sistemas pagos sem ter retorno garantido.


O resultado? Compras em excesso, produtos vencidos, ruptura de itens básicos e, sobretudo, dinheiro parado em mercadoria encalhada.


Para os distribuidores, esse cenário representa dois riscos:


  1. O aumento da inadimplência e das trocas por vencimento;

  2. A perda de recorrência no pedido por má gestão do cliente.


Como o distribuidor pode atuar como educador de boas práticas


Distribuidores têm a vantagem de visitar centenas de PDVs por mês. Isso permite mapear erros comuns e oferecer soluções simples, que muitas vezes o lojista sequer conhece.

Veja algumas formas de atuação que geram valor imediato:


1. Oferecer planilhas personalizadas e materiais de apoio

Ter um modelo de planilha gratuito, já pronto para uso, com colunas para data de validade, entrada, saída e sugestão de pedido mínimo pode transformar o dia a dia de um lojista.

Além disso, vídeos curtos explicando como fazer o inventário ou organizar o estoque também são ferramentas eficazes.


2. Criar kits de organização física

Separadores de prateleira, etiquetas de validade, caixas plásticas ou armários refrigerados são recursos simples que facilitam a logística do pequeno varejista. Distribuidores podem negociar esses itens com parceiros ou até mesmo incluir como brinde para clientes com alto giro.


3. Fazer visitas com abordagem técnica e não apenas comercial

Durante as entregas ou visitas comerciais, incluir uma verificação rápida de estoque — validando o mix, a validade dos produtos e o giro dos itens — pode gerar insights valiosos para o lojista.


Mais do que vender, o distribuidor passa a ser visto como consultor de negócios.


Atualizando o passo a passo do controle de estoque para a realidade atual


Abaixo, revisitamos as boas práticas clássicas, atualizando cada uma com sugestões que distribuidores podem aplicar diretamente em seus clientes:


1. Escolher o melhor formato de controle

Se o lojista tem baixo volume, uma planilha simples é suficiente. O distribuidor pode fornecer um modelo gratuito. Para quem já trabalha com volume médio, indicar sistemas simples e baratos (como Bling, MarketUp ou Pet Shop Control) pode ser um diferencial.

O importante é entender o perfil do cliente e oferecer a solução mais viável.


2. Fazer inventários regulares (e não só quando dá tempo)

A recomendação é fazer inventários totais trimestralmente e inventários rotativos semanais — priorizando itens com alto giro ou curta validade. Distribuidores podem ensinar esse método por WhatsApp ou Reels educativos.


3. Otimizar a organização física

Agrupar produtos por categoria, uso e validade. Deixar produtos com vencimento mais próximo na frente. Organizar o estoque por zonas (rações, medicamentos, acessórios). Tudo isso poupa tempo e evita perdas.


Aqui, o distribuidor pode até fotografar exemplos de boas práticas durante visitas a outros lojistas e compartilhar com sua rede.


4. Manter entradas e saídas registradas no ato

Nada de deixar para “anotar depois”. A saída precisa ser registrada no momento da venda. Uma etiqueta de código de barras com data ou uma simples ficha ao lado do caixa pode ajudar nos casos sem sistema.


Distribuidores podem auxiliar criando checklists de rotina para os balconistas.


5. Fazer análise periódica dos dados

De que adianta registrar tudo e não analisar? Produtos com baixo giro precisam ser colocados em promoção antes de encalhar. Itens com giro alto merecem pedido programado com o distribuidor.


O ideal é que o vendedor da distribuidora leve esses dados em cada visita e ajude o lojista a interpretar.


Dica bônus: distribua com inteligência


A distribuição não deve ser apenas sobre “entregar produtos”. Ela precisa estar alinhada com as estratégias de reposição e giro do cliente.


Algumas distribuidoras já trabalham com:


  • Estoque consignado em pontos estratégicos;

  • Reposição automática com base no consumo médio mensal;

  • Sistema de pedidos com alarme de vencimento e giro lento;

  • Programa de fidelidade com foco em gestão e eficiência.


Distribuidores que adotam esse posicionamento saem da guerra de preços e entram na esfera da autoridade e da confiança.


Conclusão

A gestão de estoque é, sim, um desafio para pet shops e clínicas veterinárias. Mas é também uma enorme oportunidade para os distribuidores que desejam construir uma relação de parceria com seus clientes.


Ao agir como educadores e facilitadores, os distribuidores ajudam a reduzir perdas, aumentar o giro e fortalecer os pequenos negócios — o que, por consequência, aumenta a frequência e o volume de pedidos.


Distribuir bem é também ajudar o cliente a vender melhor.



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