Sua distribuidora está invisível: por que digitalizar agora é questão de sobrevivência no mercado pet
- Iago Marchetti
- 19 de mai.
- 4 min de leitura
"Se você chegar ao fim deste artigo acreditando que sua empresa não precisa se atualizar e fazer marketing, eu terei falhado."– Iago Marchetti, estrategista digital
O mercado mudou — mas a maioria ainda vende como se fosse 1990
Mesmo com um setor que fatura R$ 77 bilhões por ano e cresce acima da média nacional, boa parte dos distribuidores de produtos pet ainda atua de forma analógica.
Se você é dono de uma distribuidora e:
Ainda espera o cliente “lembrar de pedir”;
Depende apenas do telefone e da visita do vendedor;
Acha que Instagram é só para post de campanha promocional;
Ou diz que “no meu segmento ninguém compra online”...
Você não está sozinho — mas está em risco.
Ainda recebo perguntas como: "Como o marketing poderia me ajudar a vender mais?" E
ouço afirmações como: "Meu cliente não está na internet."
Essas falas revelam um pensamento que vai muito além do digital: revelam uma falta de consciência sobre o jogo que está sendo jogado.
Consequência: invisibilidade, estagnação e perda de território
Enquanto isso, marcas menores, novas e mais conectadas estão ganhando espaço. Distribuidores que criaram posicionamento digital já são encontrados por grandes marcas, expandem seus territórios e constroem autoridade sem depender apenas da venda por volume.
E o motivo é simples: quem não é visto, não é lembrado. E quem não é lembrado, não é comprado.
Você não precisa virar uma agência. Mas precisa entender que o seu público já está no digital. Ele consome informação, pesquisa soluções, avalia reputações e decide quem vai atender o pet shop ou a clínica dele com base no que vê (ou não vê).
A distribuição no setor pet está mudando. E quem continuar com a cabeça fora da internet, vai continuar também fora dos maiores negócios.
Não, o digital não é só para quem vende direto ao consumidor
"Mas meu cliente é B2B." "Meus pedidos são por contrato." "Distribuidor não precisa de Instagram."
Se você pensa assim, é hora de reavaliar.
Digitalizar não significa abrir um e-commerce do dia para a noite.
Digitalizar é:
Automatizar o pedido;
Melhorar a comunicação com a equipe;
Criar presença digital para fortalecer sua marca;
Nutrir relacionamento com os clientes;
Transformar marketing em máquina de oportunidades.
Vamos aos dados? Em 2024, a Petland Brasil publicou que mais de 60% dos pedidos das franquias foram influenciados por canais digitais — incluindo campanhas de fornecedores no Instagram e WhatsApp. O CEO da Zee.Dog, Felipe Diz, já afirmou:
“Se você não está construindo uma marca que as pessoas seguem, você está vendendo só mais um produto. E isso é insustentável.”
Solução: por onde começar a digitalização da sua distribuidora?
Não adianta só ter perfil nas redes sociais. É preciso pensar como uma marca.
Abaixo, te mostro o caminho real — e possível — para começar:
1. Tenha um Instagram, mas entenda o objetivo dele
Instagram não é para vender. É para conectar, educar e gerar autoridade.
Mostre bastidores, pessoas, estrutura;
Poste sobre produtos com explicações práticas;
Compartilhe curiosidades do setor;
Crie vídeos rápidos ensinando o lojista a girar estoque, por exemplo.
Lembre-se: ninguém confia em quem não aparece.
2. Construa sua marca (Branding > Preço)
Branding é o que faz uma loja preferir comprar com você mesmo pagando mais caro.
Crie um nome forte;
Tenha um bom design visual;
Deixe claro seu posicionamento;
Crie uma narrativa: “o que te torna diferente?”
Distribuidor não vende só produto. Vende confiança, entrega, acesso e solução.
3. Automatize processos e ganhe tempo
Você perde muito tempo com:
Pedidos por telefone que somem;
Equipe comercial desorganizada;
Clientes que não sabem seu catálogo completo.
Soluções:
Use um CRM como Pipedrive ou Agendor;
Tenha um catálogo digital com link (Trello, Notion, Cartpanda, etc);
Crie um canal fixo no WhatsApp com lista de transmissão.
4. Use Inteligência Artificial para acelerar tudo
IA não substitui o humano — mas multiplica sua capacidade.
Hoje, com ferramentas como o ChatGPT, você consegue:
Criar textos de apresentação para marcas;
Escrever descrições de produtos para seu Instagram ou site;
Gerar propostas comerciais, e-mails, catálogos;
Criar fluxos de WhatsApp automáticos para atendimento e pós-venda.
Pare de fazer tudo do zero.
5. Invista (aos poucos) em tráfego pago
Campanhas locais para alcançar pet shops da sua região custam menos que um almoço.
Use anúncios no Instagram para mostrar seu diferencial;
Ofereça atendimento rápido via WhatsApp;
Trabalhe com segmentação de região, interesse e perfil de comprador.
Não precisa começar com R$ 5.000. Com R$ 300 bem direcionados, você já movimenta o funil.
6. Entenda o algoritmo: ele precisa de você
O algoritmo do Instagram, do Google ou do WhatsApp não está contra você — ele só precisa que você se movimente.
Poste com frequência. Interaja com seus clientes.Use conteúdos que gerem valor.Mostre seu time.Responda nos stories.
O digital recompensa quem constrói comunidade, não quem faz propaganda.
Conclusão:
O marketing não é sobre vender — é sobre permanecer no jogo
Digitalizar sua distribuidora não é modinha. É estratégia de sobrevivência.
Enquanto você lê este texto, tem outra distribuidora aparecendo para os seus clientes — porque ela tem um bom conteúdo, responde rápido e se apresenta como parceira, não como vendedora.
Se você continuar dependendo de indicações e visitas presenciais, estará fora dos grandes projetos de amanhã.
Quem não evolui, não some. Ele é substituído.
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