Sua rede social não foi feita para vender!
- Iago Marchetti
- 21 de jul.
- 3 min de leitura
Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram o principal palco das expectativas empresariais. Todo mundo quer vender pelo Instagram, fechar negócio pelo TikTok, atrair cliente no LinkedIn ou lotar o WhatsApp via YouTube. E quando isso não acontece, vem a frustração — geralmente despejada sobre quem cuida do marketing. Mas aqui vai uma verdade incômoda: a sua rede social não foi feita para vender. Ela foi feita para conectar.
O verdadeiro papel do marketing
Marketing que funciona não é aquele que faz a venda. É o que gera demanda, desejo, reputação e posicionamento. É o que abre o caminho para que o comercial feche. Esperar que o post converta sozinho é ignorar a lógica do funil.
Segundo Philip Kotler, o pai do marketing moderno, "o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua". Isso significa que o bom marketing prepara o terreno: atrai o lead certo, aquece a audiência, fortalece a marca e educa o mercado.
A questão é que muitas empresas, inclusive no setor pet, estão olhando para o Instagram como se fosse um e-commerce. E quando os resultados não aparecem, o problema parece ser da rede, do conteúdo ou de quem criou o post.
Na verdade, o erro está no foco: esperar vendas imediatas de um canal feito para relacionamento é tão desleal quanto ineficaz.
Rede social é topo de funil. Ponto.
Você pode ter o melhor conteúdo do mundo, mas se sua empresa não tiver um processo comercial, um time de atendimento e uma oferta clara, não vai vender. E não é culpa do post. É culpa da ausência de estratégia.
De acordo com dados da Meta (Facebook/Instagram), apenas 1% a 3% da sua audiência está pronta para comprar. O restante precisa de tempo, confiança, recorrência e, principalmente, conexão.
É por isso que marcas como a Zee.Dog constroem comunidades ao redor de seu propósito, apostam em conteúdo visual inovador e experiências de marca que geram identificação. Elas entenderam que o consumidor de hoje não compra só produto: ele compra estética, valores, posicionamento e lifestyle.
O que o distribuidor tem a ver com isso?
Tudo.
No ecossistema pet, distribuidores, fabricantes e varejistas estão interligados. Quando o distribuidor trata sua rede social apenas como vitrine de produto, sem conexão com marca, posicionamento ou conteúdo relevante, ele deixa de influenciar o mercado — e perde espaço para quem está construindo autoridade.
Quem só posta preço não cria valor. Quem só anuncia, não fideliza. Quem só tenta vender, sem antes se conectar, perde relevância.
A fórmula não mudou: confiança antes da conversão
Se você quer que seu Instagram, LinkedIn ou qualquer outro canal traga resultados reais, comece mudando a pergunta. Em vez de "quanto vendi com esse post?", pergunte:
Quantas pessoas novas conheci hoje?
Quantas salvaram meu conteúdo?
Quantas passaram a me ver como referência?
A venda vem depois, quando a conexão está feita, a confiança consolidada e a marca posicionada.
Como disse Seth Godin, “marketing não é mais sobre o que você faz, mas sobre a história que você conta”.
Conclusão
É hora de parar de cobrar do marketing um papel que é do comercial. O Instagram não vai resolver sua meta do mês. Mas pode ser o caminho mais eficiente para construir a marca que vai vender pelos próximos anos.
Marketing com propósito vende mais. Sempre.
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